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segunda-feira, 30 de agosto de 2010


Primeira história
O sapo Liu-Liu tinha muita pena de seu cu. Olhando só pro chão! Coitado! Coitado do cu do sapo Liu-Liu! Então ele pensou assim: Vou fazer de tudo pra que um rainho de Sol entre nele, coitadinho! Mas não sabia como fazer isso. Conversando um dia com a minhoca Léa, contou tudo pra ela. Mas Léa também não sabia nada de cu. Vivia procurando o seu e não achava.
- Tá bem, vá, então cê não tem esse problema, disse Liu-Liu.
- Mas não fica bravo, Liu-Liu, eu vou me informar. Vou saber
como você pode fazer pra que um rainho de sol entre no teu fiu-fiu.
- Que beleza, Léa! Fiu-fiu é um nome muito bonito e original!
- Não seja bobo, Liu, todo mundo sabe que cu se chama fiufiu.
- Ah, é? Pois eu não sabia.
Então Léa viajou pra encontrar a coruja Fofina que tinha fama de sabida. Fofina pensou pensou pensou, abriu velhos livros, consultou manuscritos, enquanto Léa dormia toda enrolada.
- Acorda, Léa! Achei! disse Fofina.
A minhoca Léa ficou toda retesada de susto.
- Relaxa, relaxa! disse Fofina.
- Olha, Léa, Liu-Liu tem que aprender uma lição lá na Índia – disse Fofina.
- Eu tenho medo de índio, disse a minhoca Léa.
- Não seja idiota, Índia é uma terra que fica longe daqui.
- Ah, então tá bom, disse Léa.
- Olha, Léa, lá na Índia eles se torcem tanto que engolem o próprio cu.
- Credo! E como é que o cu sai?
Bem, isso é outra história que eu tenho que estudar, mas o Liu- Liu tem que ficar com a cabeça pra baixo, e as pernas de trás pra cima. Assim
Fofina ficou vermelha como um peru e não consegiu mostrar o exercício pra minhoca Léa, mas Léa entendeu, e foi ventando contar tudo a Liu-Liu. demorou três dias, mas chegou. Foram meses muito difíceis para o sapo Liu-Liu, Mas toda a sapaiada ficou torcendo pra ele. E quando o primeiro rainho de sol entrou no fiu-fiu de Liu-Liu foi aquela choradeira de alegria. E o país do Cu-quente, onde mora o Liu, desde então é uma festa! Do dia ao poente!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um Castelo para o reino do Cangereyork!


E cangereyork precisa de que? De nada. Afinal um local onde tudo esta virando conto de fadas, agora ainda temos que presenciar mais algumas loucuras...
Em época de eleição os novos políticos em ascensão prometem coisas absurdas, que na maioria das vezes nuca fazem, nem durante a campanha e muito menos quando estão no poder.
Mas voltando ao Reino de Cangereyork, aqui ainda falta muita coisa, a cidade pelo visto ainda não tomou os rumos da emancipação política, a visão que aqui temos é a mesma de nossos ancestrais cafeicultores, que hoje com a modernidade alugam maquinário para a colheita, esquecendo assim dos pobres mortais que depende disso para sobreviver.
E a administração preocupa apenas em melhorar as estradas para que este produto saia das grandes fazendas e mais nada.
Deveriam se preocupar com indústrias, propostas para novas empresas elaborar projetos para o desenvolvimento do município e para o crescimento da população em geral.
Deveriam se preocupar com a educação, com novos projetos escolares e com uma extensão da sala de aula para as ruas e para casa destes educandos. No que se vê o trabalho social aplicado aqui só funciona mesmo dentro do departamento, porque fora é uma guerra de alunos entre bairros. (isso é falta de educação)
Cangereyork esta longe de ser uma promessa cultural em desenvolvimento, até porque a cultura adquirida é fraca, a única coisa que as famílias pensam é dos vales da vida e das bolsas que estes alunos recebem para estudar.
Que deveria ser aplicada também em uma extensão dentro de casa. Mas como não tiveram um trabalho de base nas classes sociais do município o que sobra são apenas as promessas infundadas dos nossos administradores.
Que agora por sua vez, vai apoiar o Deputado Edmar Moreira, que tem um inquérito 2584, por crimes contra o patrimônio, e apropriação indébita previdenciária.
Se vocês não lembram, este Edmar Moreira foi o que construiu um castelo nas imediações de São João Nepomuceno, que tem 7.500 metros quadrados de área construída (maior que o Castelo de Neuschwanstein, nos Alpes da Baviera, que inspirou o castelo da Cinderela de Walt Disney), 32 suítes, dezoito salas, oito torres, 275 janelas, uma piscina com cascata, fontes e espelhos d'água.
Fica no distrito de Carlos Alves, vilarejo de pouco mais de 1.000 habitantes e 300 casas, no município de São João Nepomuceno, a 70 quilômetros de Juiz de Fora.
O castelo de Edmar e Júlia nasceu de um desejo dela. A mulher do deputado ficou enciumada quando um irmão de Edmar, Elmar, comprou a fazenda mais bonita da região. "Se eles têm a melhor fazenda, então eu quero um castelo", teria dito. O "capitão Edmar", como é conhecido, não poupou esforços e criatividade para superar o irmão. Estima-se que, em doze anos de obras, a construção tenha consumido 10 milhões de reais – mais do que o preço de muitos castelos de verdade no interior da França. Agora, pronto em todo seu esplendor, o palácio serve de casa de campo para o casal passar os fins de semana e receber eventuais convidados.
Bom, se depois de tudo isso, ainda não se convenceram que este homem não serve para ser deputado nem aqui Enem em lugar algum, fale ressaltar uma frase de Danuza leão que acho que seria importante: “Castelos não se constroem se herdam, e mesmo assim com mais de 450 anos de construção e todos da família com Brasão”!
Agora se vamos pensar e raciocinar, o que o municipio de Cangereyork precisa é de um bom trabalho de desenvolvimento político tanto por parte dos administradores como pela população geral. Precisa de emprego e saúde e educação e cultura.
E não novos castelos, imitações baratas da Walt Disney, borralho já temos os montes, e borralheiras também, mas ninguém vai ser fada madrinha e vai transformar aboboras em carruagens e ratos em cavalos.
Então por favor, esqueçam os contos de fadas, e voltem para a realidade o Brasil precisa de dignidade e políticos sérios, e Cangereyork de comprometimento!

domingo, 15 de agosto de 2010

surtos....


Todo mundo surta, o mundo surta, sempre achei patético a cena de ficar na cozinha sozinho assentado fumando um cigarro. Deprimente? Ao extremo, mas meu fim de semana foi mais para esta cena de filme C, dirigido por Mike Newell... Tinha cara de Sorriso de Mona Lisa.
Com uma pitada claro, de novela mexicana... Mais para Maria do Bairro! Totalmente de cortar os pulsos.
Descobri que a banheira também serve para cama, e ai podemos revezar entre os vômitos jorrado no vaso e a banheira, tudo muito mais pratico.
E o engraçado, é que a maiorias do seres vivos odeiam vomitar, eu por minha vez entre este revezamento, fiquei pensando o quanto é horrível se sentir mal, mas nestas horas brigar com quem? Ninguém, só comigo, afinal quem manda deixar levar por momentos raivosos?
E a cada vomito que vinha, eu expurgava a minha raiva do mundo e a minha raiva desta cabeça tão temperamental.
Pensava em tudo, pensava em como fico ainda indignado com as pessoas, e por quê? Por nada, afinal passar mal é isso, na verdade uma grande raiva do mundo acumulado em um corpo de 1,75cm, e com uma cabeça que parece pesar mais de uma tonelada, ou como se tivesse sido pisoteada por algum elefante em ordem de batalha.
Mas isso tudo depois de horas e morrendo de enxaqueca, toma-se um plasil na veia e um calmante... Pode não ser a melhor coisa, mas é como se tivesse usado uma droga ilícita e o mundo fosse rosa, depois amarelo depois com bolas coloridas e em seguida apagamos.
E como se não bastasse ainda nos sobra uma entrevista na radio local no dia seguinte, para falar de um assunto que mais domino cultura e comportamento humano... E alguém tem condição de fazer tal coisa, quando se esta em frangalhos? Não mesmo, mas a vida continua uma caminhada pela manha para recompor o organismo, água muita água (litros de preferência)
Depois uma festa, uma bomba, a festa ainda vem acompanhada com alguém que você não suporta, nem se estivesse a Km de distancia, neste caso era real e estava próximo demais, gritando demais e querendo aparecer a qualquer custo. O que acontece nestas horas?
Ir para casa e ai a memória da banheira que já é cama, e do vaso que é seu confidente, e expurga ainda mais a raiva do ser humano... Não a corpo que resista a tanto expurgo desta forma.
Mas ninguém consegue ser bom demais para não passar por momentos tão turbulentos, os meus passam de turbulências e viram um tsunami e devasta tudo, até os meus pensamentos.
E para completar o meu domingo e meu fim do dia, fui raptado por uns amigos para ajudar na arrumação do sitio. Isso porque eles não me agüentavam ver trancado em casa e expurgando a raiva do mundo. Funcionou-se não sei só sei que agora vou expurgar por uma semana a limpeza no sitio... E assim continua a vida!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Reminiscência de vida.


Ele se dirigiu até o quarto em passos lentos olhou ao redor e viu apenas aquela velha cadeira feita por seu avô, e viu em cima da penteadeira aquele encanecido baú, que não dava importância há anos.
Aquele velho baú se tornou um grande deposito de coisas e emaranhados, e percebeu que naquele velho baú, antes das coisas que estava lá acumular tinha um agüentar. Mas por medo ou vaidade se recusava terminantemente em abri-lo.
Sofrendo pela sua precariedade de vontade e por falta de amor a ele e aquilo que depositará lá, estremeceu em suas angustias e remoeu o seu passado.
Ficou hirto, em suas entranhas sentiu aquele embuste, um aborrecer que o fez ficar horas contemplativo.
Criou certa coragem e pegou aquela caixa, que não apenas acumulara coisas, mas também uma camada de pó.
A pequena caixa tinha seus 25 cm de altura por 50 cm de largura, seu madeiramento era de sucupira, talhado com suas iniciais. Ganhara no seu aniversario de nono ano, para ater ali suas memórias quando tornasse um grande homem.
Com adiantar-se da idade, e com a afobação da vida, ele apenas colocou as coisas que foram boas e tiveram um significado impar na sua história, pessoas que só teria visto apenas uma única vez, livros que teria lido mais de uma vez, recortes de jornais que trazia algo marcante naqueles anos passados, os amores conquistados e fotografias... As fotografias de família ele guardara todas justa posta, atada com um uma tira de cetim marrom, para diferenciar das fotografias do seu grande amor, essas foram atadas em barbantes, junto com as cartas que nunca tivera coragem de enviar. Um caderno onde escrevia suas memórias. O caderno era verde de aparência dura, a abertura era um desenho de um ipê amarelo, que existia na fazenda de seu avô, que ele mesmo tinha desenhado por observação, em letras cursivas bordadas de nanquim escrito: “Meus Pensamentos”. Já haviam vendido a fazenda e todos os sonhos que pensara embaixo daquela arvore.
Dentro daquele guardado, tinha uma mantilha, fora da sua bisavó, junto com o missal escrito em latim. Uma fita cassete de Dalva de Oliveira, que pegara de sua mãe, porque gostava do canto entristecido, da nostálgica voz, e das letras sofridas de um amor nunca existente e bandido.
O convite de casamento de uma amiga, que não compareceu, por motivos besta, um convite simples, branco, amarelado atualmente pelo tempo de guardado, com letras em dourado.
A vela da Primeira Eucaristia, ainda com o decalque do Cálice Sagrado. O terço que aprendera a manusear nas contas suas orações.
Depois uns recortes sem sentido, algumas contas pagas, recibos canetas, contas de água, luz e telefone. Uma folhinha do sagrado coração de Jesus e mais algumas mensagens.
Seus olhos começaram a lacrimejar, rapidamente lembrava-se de tudo aquilo, com uma sensibilidade incrível, como se aquele velho baú fosse a Caixa de Pandora, libertando todos os segredos entre o bem e o mal. Sobrando apenas a esperança.
Passou a mão sobre a caixa... Sentiu a repugnância da poeira entre os dedos e a palma da mão. Abriu lentamente e foi retirando tudo que lá estava, e cada guardado tirado passava uma imagem de quando e como aquilo foi parar lá. Foram tantas coisas depuradas que dos olhos marejados, vertia se agora uma inundação de água, que não podia mais se conter em soluços e lagrimar e murmuras. Sobrando apenas, as fotografias e as cartas de amor que nuca enviara para o seu destinatário amarradas a um barbante.
Quando deu se por si, as lagrimas tinha tomado conta a um grande sorriso, uma caixa vazia e uma inundação de júbilos.
Porque a única coisa que sobrara de tantos guardados era a sua reminiscência de vida.