terça-feira, 22 de setembro de 2009
... Sociedade alternativa ...os sites de relacionamentos.
Cidade grande, as pessoas se preocupam de menos com a sua vida (mentira) todos são iguais, e se preocupam da mesma forma. Mas sempre claro para falar mal, e nunca para falar bem.
Quando conhecemos alguém, geralmente a retribuímos a confiança depositada com no mínimo uma amizade verdadeira, (ao contrario dos interioranos de cangereyork, sempre solistas e agradáveis) sempre ligamos, convidamos para sair ou fazer algo... Quase nunca acontece em cidade grande.
As pessoas se isolam no seu mundo de egoísmo e egocentrismo, fazendo com que o mundo seja um grande umbigo, e claro, cada um olhando para o seu.
Todos se prendem de forma cruel, em suas próprias frustrações, fazendo com que nada seja partilhado ou dividido, mas sim ignorado pelo seu semelhante. Antes tivéssemos, ficado na idade da pedra... Não teríamos problema algum em ter que dar bom dia, boa tarde e boa noite. Não teríamos que nos apaixonar e morrer de mal de amor quando tivesse terminado.
O mundo se fechou, em sites de relacionamentos, Orkuticidio, MSNeurotico, casais.com.Br, arrombados sei lá das quantas e ursos sei lá de onde, e todos claro, disponível.com.!
Como a vida pode ter se tornado tão medíocre? Como as pessoas ficaram tão evoluídas em alguns assuntos tecnológicos e resolveram se prender em suas próprias armas?
Fico me sentindo preso no mundo da Bossa Nova, com a sua retórica sofrida, e totalmente deprimente. A premissa de tal fato, se da a todas as pessoas, que mesmo em cadeia virtual, conseguem colocar uma lacuna, e distanciar ainda mais do social.
Perder o contato, com o toque o olho no olho, a conversa chata no boteco, o socialista convicto, tentando explicar o porquê Paralamas do Sucesso mesmo sendo década de 80, um mundo totalmente porra loca, agora faz discurso social. Porque dormir na casa do amigo e mesmo assim passar 2 dias fazendo churrasco, e achar que o mundo lá fora não tem uma seqüência?
Porque nos aprisionamos no passado de nossas memórias, tristes e alegres? Por que nos deixamos levar por emoções nem existentes? Porque nos sensibilizamos com fatos e catástrofe ocorrido com outras pessoas?Porque nos enquadramos em padrões sociais convencionais se nem mesmo assumimos a postura do social? Se nem damos a cara para bater? Se nos ocultamos através das imagens? Fortificamos-nos pelas mentiras inventadas, e nos apaixonamos perdidamente pelo inexistente?
Tenho a impressão, de que as regras de uma cidade grande, é escolher pessoas pelas paginas amarelas. Se formos analisar, as pessoas saem de uma pagina amarela, (um catalogo, de só aquilo que você precisa). Um amigo que te quer muito bem, um outro que só quer fofocar do seu nome, outros que querem partilhar amizades que nunca tiveram, e outros amigos querendo se encaixar em um grupo onde nunca existiram.
E por fim, deixo a minha indignação por estas megalópoles cidades, e seus personagens fictícios tirado do subconsciente, escarnado em sites de relacionamento, e vomitado a sociedade e no seu cotidiano, ainda com pessoas boas e totalmente do bem.
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