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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Morremos ...


(obra de Bandeira de Mello)

Sei que há tempos não escrevo, assim como há tempos não tenho um surto de manifesto, seja ele: político, social, amoroso, ou auto destrutivo.
Manifesto algum... Nada que venha da minha alma, e que transborde em um determinado momento, e vire um conto literário ou um beste seller de grande popularidade.
Acabaram os cafés de quinta feira, no Cine Odeon, acabaram também as tardes de melancolia e desespero pelo se dar bem a qualquer custo.
O mundo fantástico de Bobe é lindo somente na televisão em horário infantil. O meu “eu” sonhador, criou um calo ou uma casca, onde sonhar pode me levar a fugir de tudo aquilo que espero de mim.
Isso poderia ser uma carta desesperadamente, de alguém que esta preste a cometer um suicídio, ou então, que se tenha drogado e esta prestes a morrer de uma overdose única.
Morrer é parar subitamente de respirar, o coração parar, a boca secar e seus olhos não enxergar mais nada.
Morremos todos os dias, fechamos os nossos olhos há todos os segundos para a vida, secamos nossas bocas a todos os momentos, quando estamos com vontade de água, quando levamos um susto, quando estamos com raiva.
Morremos quando, perdemos um grande amor, quando não temos aquela roupa que nos faz bem, quando vemos alguém tão infeliz quanto à gente.
Morremos a todo o momento, quando não satisfazemos o nosso ego, com sexo voluptuoso, selvagem. Aquele que faz você sentir medo, dor e prazer tudo ao mesmo tempo e com a mesma vontade de ter algo sempre perto de nós.
Morremos e renascemos como fênix, ou como uma águia, que escolhe se isolar na montanha e fazer um pacto com a sua segunda chance.
E ai um salto... Abre se as asas e encara o mundo com seu vôo maravilhoso, ou então um salto... Para morte.
Assim é o ano que se inicia, apenas morremos de um ano para outro, e, em plena meia noite voltamos com mais força, garra e esperança.
Nascemos de uma forma peculiar de querer sempre o melhor, lutar - enfrentar dragões e montanhas, escalar os picos mais altos, e viver... Agarrar na força da vida a esperança do mundo melhor.
E sonhar, sonhar sempre... E criar as coisas mais inusitadas em que nossas mentes possam alcançar!
E assim, morrer sempre. E ressurgir sempre. Com a mesma intensidade que desistimos.
Aos que não acreditam na ressurreição, a estes é esperar pela morte... Mas aos que acredita a estes a vida!
Uma vida longa e prospera uma vida de fartura e de grandes conquista. É assim o começo de um novo ano.
A todos, um ano de conquista, sucesso fama e gloria, com muito dinheiro, isso é que espero de mim e o que espero para nós!
2010 com realizações e com apenas o ressurgir da águia. Um pacto entre você e a vida, entre você e a ressurreição!