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domingo, 19 de abril de 2009

Sociedade falida, Rainhas decadentes!

Começo o dia como qualquer um outro, ando de bicicleta horas a fio, km intermináveis... Um banho, uma musica (melodia sentimental) uma saída pela cidade, um assunto que nunca sai da minha cabeça, a sociedade falida... E falida não só por dinheiro, mas também sem conhecimento, sem cultura (educação) sem bom gosto e sem gosto.
Deparo-me com a cena de um casamento acontecendo entre as 10h00min as 11h00minh da manha, uma coisa terrível as pessoas chegando com aquelas indumentárias, totalmente fora da proporção horária. Muito brilho, debrum, ternos escuros, camisas listradas (largas) mulheres com laquês, ostentação das jóias da coroa e afins.
Isto é falta de educação, roupas que gritam pela manhã, acompanhadas de seus acessórios.
A chegada de Vam, um horror, inúmeros convidados, saias longas e curtas, brilho e muito brilho, homens espremidos nos próprios ternos de há séculos nunca saído dos armários. Do longe o cheiro de naftalina, com a rosa mosqueta das senhoras ao Del colônia importado (contrabando e paraguaio) uma mistura de bom gosto com cafonice aflorada!
A cada figura que vejo, vejo uma figura transformada, com suas maquiagens de festa (para mim uma grande comedia Del arte) para outros um rito de amor, e para outros um rito de desespero! As noivas de branco, demonstrando sinal de pureza, virgem e casta. Lembro que os vestidos brancos eram usados na Grécia, bem antes do cristianismo para mandar as escolhidas (virgens) para o sacrifício, para os deuses e para os monstros. Imagino aquela pobre moça andando de encontro com o seu monstro ou com seu deus! A sorte foi lançada, e todos ali contribuindo com tamanho destempero humano e de uma situação tão desigual que é um pelo outro.
Volto para minha casa, pensando neste mesmo destempero e vejo que quero também passar por ele. Quero ter alguém pra chamar de meu, alguém pra cuidar, alguém pra estar em casa, quando chegar e quando sair, e se saírem sempre juntos!
Vejo uma amiga se perdendo pelo mesmo destempero mesmo amor e mesma condição, fico pensando quando ela me pede um conselho, já não sei se consigo, afinal assim como ela estou totalmente fora de forma. (para conquistas e conquistados)
“A solidão, é pretensão de quem fica escondido fazendo fita” escuto esta frase e não sei opinar, afinal, de quem é a pretensão? Minha ou da solidão? Quem faz a fita? Eu? Ou o outro? E vejo uma solidão de palavras e uma falência quanto pessoa, uma decadência de rainhas e torres coroadas.
Vejo que tudo esta perdido, as pessoas estão perdidas... Vejo as Damas e suas conquistas de governar o descontrole da pose, a falta de controle!
Falta da compostura, aglomeração de pessoas indo pra lugar algum! E sem vontade de nada!
Vejo o dia indo, e a noite chegando e sei que nada lá fora mudou, e sociedade ainda sim continua decadente a espera de mais um feriado!