Páginas

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Prazeres que nem o máster card, paga!



Há coisas na vida que se torna impar, e absolutamente irresistível. Entre tantas, é você sair em uma sexta feira, com um amigo (querido e totalmente especial) para celebrar o seu aniversario, beber e nesta conversa mostrar o quanto são iguais e que estupidez e inflamação para o ego (o nosso. Claro!) faz um mau enorme para a nossa inteligência.
Mas, mesmo assim, você bebe e comemora a vida as celebrações, o amor, a falta dele, e tudo mais.
Escuta as lamurias, fica por conta com este amigo, que nunca, e quando falo nunca é sempre, da o braço a torcer, que às vezes precisamos retroceder, e aceitar o outro com os defeitos que ele tem! Mas sempre sou suspeito para falar, tenho um amor incondicional pelos meus amigos. E aceitar e defende-los é uma questão de honra!
Isso acontecendo na lapa, uma das regiões mais interessantes e adversas do Rio de Janeiro.
Depois um concerto de câmara, sala Cecília Meirelles, garotos entre seus nove, doze anos cantam como canarinhos. E são de fatos os canarinhos de Petrópolis, apresentação impar e maravilhosa. Um tenor presente que parecia falar com Deus. E uma orquestra que parecia tocar para a sua majestade... Eu, lógico! Uma sala vazia, com poucas pessoas, e que nem de longe sabem apreciar o que a cidade tem oferecer! Na minha frente um senhor de meia idade, chora copiosamente, quando escuta Heitor vila lobos, As Baquianas!
E o choro se estende, no segundo ato, quando os canarinhos soltam o seu piado.
Jane, Faslala e eu, participando deste momento. Jane é uma criatura incrível, de alma pura, verdadeira, e sincera.
Uma menina miúda, de traços simples, rosto afunilado, olhos grandes, que parecem estar atento a todos os gestos e movimentos, expurga a dor do mundo, como um ser humano faz sem problema algum. Ela ama e odeia como toda gente. E ama, ama a vida, seus sonhos e suas conquistas. Conversar com ela faz a gente sentir um ser humano amado, e odiado também, na mesma proporção.
Para ter uma idéia do que estou falando, a melhor cosa que se faz é: ou mudar para o Rio de Janeiro e freqüentar a lapa, ou fechar os olhos e pensar na coisa que mais lhe do prazer, respirar fundo, imagine a companhia que mais lhe agrada e pronto. Esta formada a idéia de como foi vivenciar isto tudo. Agora se neste momento lhe der vontade de ligar para alguém só porque deu saudades de ouvir a voz deste ser prazeroso, ligue... Ligue sempre... E seja , este amor de canarinhos, cotovias, buzinas e lapas, e bares e gente!