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domingo, 10 de abril de 2011

por uma cidade mais justa....


Acordei hoje com a minha mãe na beira da minha cama, comunicando a morte de uma pessoa que era quase uma lenda viva em Campos Gerias, Paulo Cesar oliveira, mais conhecido pelas ruas e bocas da cidade de Paulinha.
Ela me contou com todos os requintes de crueldade barbaria que fizeram com este garoto, que se “travestia” pelas ruas da cidade. Alem das 20 facadas ele havia sido degolado por uma ou mais pessoa que ninguém sabe ao certo se por ódio, rixa, droga ou prostituição.
Na primeira facada senti a vergonha, pela falta de educação e instrução que a cidade de Campos Gerais vem passando.
Na segunda, terceira e quarta, senti a ira ou o alivio de não ter que ver uma pessoa tão querida ter sido jogada a margem da ignorância, para não ter que questionar o abandono que vivemos todos os dias e a cada dia na nossa cidade.
Na quinta facada me calei. Entre a sétima, oitava, e nona é que descobri que não só a falta de dignidade humana, mas a falta de segurança, policiamento, poderia nos levar os crimes hediondos em tão pouco tempo em uma cidade tão pequena.
Na décima primeira senti o grito de dor, na décima segunda o grito de liberdade! Na décima terceira é que veio a constatação de que a intolerância pelo outro e vindo do outro é que incomodava a todos.
Na décima quarta, vimos que tudo que se diz participativo, cai no esquecimento de muitos e a única coisa que temos e um único poder centralizador, que não consegue reger de forma coerente e justa uma sociedade que só tem por modo de vida, a esperança onde as coisas possam melhorar.
Na décima quinta facada, que já me interajo como se fosse à coisa mais banal do mundo lembra do sofrimento dos professores, que um dia tentou educar (conhecimento) este menino, o quanto elas não ficaram aborrecidas ou felizes por um ato de coragem de uma pessoa tão in ou feliz! Penso que hoje tais professoras não precisariam ficar pelas ruas fazendo seu “apitaço” e querendo um plano de governo, que deveria já ter sido garantido logo nos primeiros dias de mandato ou “desmandato”pelas ruas de Campos Gerais.
Na décima sexta sétima oitava nona e vigésima, lembro a falta de ocupação do cidadão pela sua cidade. A cidade ficou desocupada e foi ocupada por um grande nada que não nos leva a lugar algum.
Onde vamos recorrer com tão desproposito, pedir ajuda a quem? Deveríamos ter uma política participativa entre vereadores, população e administração, deveriam ter vereadores engajados na segurança e nos direitos dos homossexuais, e por voto temos um vereador homossexual para ajudar a população na luta da adversidade. E não temos apoio estamos degolados iguais à Paulinha (Paulo Cesar Oliveira)
Mas a verdade seja dita, temos que parar de eleger prefeitos e começar a eleger administradores.
Não sejamos mais um degolado, ocupemos a nossa cidade e vamos dar o nosso grito de basta pra tal intolerância!