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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A vida é curta...



A vida é curta... Todos os dias pessoas insistem em viver como se fosse o ultimo dia, então as primeiras coisas a se fazer quando levantam é pensar que tudo pode acontecer até mesmo morrer... E como se morrer fosse mesmo muito difícil, para morrer basto estar vivo coisa difícil de pensar, porque podemos morrer de varias formas... Espiritualmente (que é a morte do ser espiritual... individuo que não tem mais com se preocupar nem correr atrás dos sonhos). Temos o que morre fisicamente que todos já sabemos como funciona, e temos a pior delas a morte social (individuo que se esquece do meio e se isola, joga no mundo do desconhecido e fica preso no seu próprio mundo).
Então porque se preocupar tanto com a morte, se ela vem! Ou vem por motivos óbvios ou então por motivos que nos mesmos criamos. Então resolvemos ludibriar a morte, e tentar enganar de uma maneira estranha. Inventamos coisas interessantes como quebrar todas as regras... Já que vai mesmo morrer é mais fácil, fazer coisas no qual nem vamos arrepender. Temos por dom receber uma Madre Tereza de Calcutá e perdoar rapidamente a todos e tudo aquilo que nos tenha magoado (nestas horas da compaixão só mesmo a criatura mais benevolente é que sabe perdoar).
Resolvemos que o grande amor da nossa vida, deve ser beijado lentamente, para sentir todo o sabor e toda a sua essência (coisa rara em dias modernos), e nos tornamos o ser mais amável do universo, amamos tão intensamente que acreditamos em tudo até mesmo na existência de príncipes, princesas. E projetamos os nossos sonhos, as nossas desilusões amorosas em uma vida que podemos ter com o próximo príncipe ou princesa.
Rimos de tudo e para todos, rimos de coisas que nem mesmo faz sentido, mas rimos, e mesmo assim acreditamos convictamente que é o nosso ultimo dia. E continuamos rir do mundo, para o mundo descontrolavelmente fazendo de toda esta nossa jogada de enganar a morte que a vida é uma arte. (circense é claro)
Brincamos com a vida como se ela fosse uma montanha russa, criamos riscos, incalculáveis. Fazemos festas todos os dias, porque acreditamos que a vida vai acabar naquele mesmo instante. Brindamos todos os dias a possibilidade de estar vivo! Faltando assim o bolo, as velas e o cantar parabéns para a vida!
E ai haja comemorações, bebe porque vive, faz churrasco. Estou vivo! Olho de sogra docinhos bregas (mas deveriam ser moda novamente são maravilhosos) porque está vivo.
Tudo é uma celebração, só pelo simples fato de estar vivo!
Mas quando morremos nos enterramos junto com a dor do outro, com a dor do que partiu... Sejamos francos já que vai morrer e não tem escapatória, então celebre a morte e muito... Brinde faça festa, mande flores como o de costume, beba pró-seco legitimo, contrate um Dj, fotógrafos e afins... e nada de chorar usar preto, lenços, chorão, se for usar e já que vai encarar esta tortura, então que seja tudo de grife, de lojas de costureiros de quatrocentos anos de brasão. Ai sim vai ser uma verdadeira celebração para morte!
E depois de tudo isso aproveite!... Para o amigo Carlos Marcelo!