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domingo, 4 de janeiro de 2009

Meu cigarro broxante!

Sento em minha varanda com uma xícara de café, e ponho a musica do Quarteto Sentinela, ascendo meu cigarro free, leio o livro “A mulher do vizinho” de Fernando Sabino! E me deparo com a situação do livro que minha vida assim como a do vizinho, esta sendo um livro aberto de um romance meramente significante e cafona. Onde todos podem ler!
Fiquei pensando em cuba, que depois da morte de Fidel todos se propuseram a experimentar o diferente o novo embora todos soubessem de sua existência.
Os pensamentos levam a gente a delirar e escapulir do próprio corpo, fazendo as pernas tremer a boca secar e o corpo mudar para um estado metamorfo e que leva a gente ao delírio!
Descubro que o momento de delírio é fundamental... Apenas fico delirando a cada tragada de um cigarro velho e uma chuva fina o que se passa fora de uma varanda, lembro de como são bons os poemas frios e distantes, aqueles que falam de chuva, boca e liquido.
Alguns que falam de corpo quente, voz baixa quase parecendo um sussurro, os que falam de molhar tocar, lamber, deixar correr livremente o corpo.
Os que falam de um corpo rijo e teso como uma estaca forte como um animal selvagem e quente como um vulcão, por onde escorre as lavas que se tornam ásperas ao cair daquele orifício.
Volto a estremecer, sinto a respiração mais ofegante, rápida! Sinto a adrenalina desenvolver em pouco segundos todos os meus sentidos, e me vejo tridimensionalmente. Tudo envolvido... Quase sem rumo... Quase sem forma
Mais uma tragada, e no espiral que tende me consumir com sua fumaça envolta ao pensamento de um suor escorrendo pelo corpo almejado, águas a escorrer pelos cabelos, pelos poros e ai uma impetuosa lambida, um gosto meio entre o agridoce ao cítrico.
E vejo o quanto é bom entrar sem pedir licença, em tomar em mãos abruptamente o corpo, deixando que os pensamentos nos leve ao vicio do ópio de uma lembrança.
Corpo no corpo, peito a peito, fazendo com que nos tornemos tímidos, mas ao mesmo tempo seguro do que estar por vir.
Envolvendo-me para que eu sinta preso, querendo me dragar e me matar com desejos sórdidos e voluptuosos e grandes prazeres.
Tudo centrado em uma só situação, tudo encaixando como uma maquina de engrenagem de superprodução de êxtase.
Mais uma, e sim a ultima tragada de um devaneio, volto ao corpo físico e vejo a chuva como poesia e um prazer que inundou a alma. Ascendo meu ultimo cigarro para lembrar o quanto é bom o relaxar da sua fumaça!