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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Roupas contam suas historias...



Ajudando a minha prima na limpeza do armário, onde foram caindo inúmeros utensílios, da vestimenta feminina, surgiu uma necessidade enorme dela (claro) em me contar a historia de cada indumentária.
Fiquei pensando o quanto as roupas fazem parte e são importantes para as pessoas, e como que elas acabam interferindo em seu comportamento diário.
Quem de nós, nunca ficou louco quando a mãe em um surto de loucura pegou aquele velho jeans desbotado e rasgado, e deu um fim? Todos e tenho certeza que nesta hora só não chamaram a policia ou algum agente das forças armadas, pq se tratava da mãe.
Ou até mesmo aquela camiseta, toda esburacada e gasta, que não tirávamos nem para ir dormir...
Cada peça de roupa de um guarda roupa, tem uma historia alegre ou triste.
É como se as roupas quando colocadas junto à pele, sofresse uma metamorfose, e fizesse parte da nossa própria pele. Ou elas (roupas) nos deixam sexy ou então nos deixam feio!
Roupas têm o dom de transformar o nosso humor de bom para ótimo, e de ruim para péssimo (dependendo a ocasião).
Tenho uma camiseta preta, que de fato é linda, mas que parei de usar no instante que ela me fez remeter a uns dias tenebrosos na minha vida.
Mas me lembro como se fosse ontem, o dia que me apaixonei, por uma blusa de lã da Alessandra e rapidamente quis ela no meu corpo, (e a blusa nem é linda assim, larga, jogada totalmente acima do meu numero... mas linda). Na jogada ela acabou ficando com um casaco de couro de pelica, original e eu com a blusa de lã. Claro!(ótima troca, sem prejuízo e um caso de amor com a blusa).
Aquele casaco azul do tempo da vovó que nem sabemos por que esta no armário, mas está lá e a gente nunca desfaz dele.
Uma bata, que me lembra um momento único na vida, quando sai com duas loucas pela feira-Hippe de Belo Horizonte, junto com Joana Darq e Lucia Helena, como foi engraçado aquele dia, isso porque estávamos correndo de um ex-namorado da Joana. Se alguém me perguntar se desfiz da bata, a resposta vai ser um não. Amo a bata, e por causa dela ri muito aquele dia.
Tinha uma calça preta que gastou substancialmente 2,30m de pano, a calça em questão era tão grande que mais parecia uma saia, mas era linda fashion e totalmente diferente. (esta eu me desfiz ). Mas ai veio a calça envelope, verde, que era trançada no corpo sem costura e do mais puro linho, e como sempre sendo um escândalo para todos que via aquela peça andando para rua (ela ainda existe e já está com 5 anos, e como nova).
Mas a mais linda e a que tenho maior carinho, é a que fiz para o casamento da minha amiga, Laisa, hoje Laisa Helena Campos Delfraro, no qual fui o figurinista da noiva.
É uma calça, chumbo também com 3m metros de tecido. Uma blusa pintada a mão, em laranja, amarelo e preto. E fotografada por Denis Ribeiro. Bom! Um verdadeiro arsenal de São Paulo Fashion week no meu armário.
Mas de todas elas, ainda é uma calça jeans escura, que não me levou a passeatas, não me levou a conhecer o meu grande amor, mas com certeza estava próximo a isso, e um casaco de lã marrom escuro que deve ter no mínimo uns 50 anos, e que pertence a amiga Luciana Mara Chaves, a quem pretendo devolver um dia, que tenho meu maior apresso.
E se você é daqueles que coleciona peças de roupas sem saber a sua utilidade, lembra que ela já te levou a algum lugar e viveu alguma emoção com você, alegre ou triste, por isso via a historia da moda e de suas conquistas ao longo dos anos!