terça-feira, 10 de dezembro de 2013
SÚPLICA
Guilherme Veríssimo
(Outubro 02, 2013)
Desconfio do teu perto
No caminho que me leva ao longe
Das idas e vindas
Com medo de ficar só.
Discuto com o ângulo em plena curva
Desligo os pontos da reta
Trato Miguel de santo
Maria, de protetora
Confundo elos com anéis
Lendas com contos de fadas
Calo diante da sombra do teu corpo.
A súplica dos meus tombos não te curva
Cala todos os teus gritos
Meus saltos teus olhares espantam
Dúvidas te agigantam
E vejo o teu desprezo camuflado de compaixão.
Minha súplica perdeu o tempo
A posição dos joelhos
As mãos de uma manjedoura.
Não mais terei o passado
Perdi o presente
E o futuro está mais ausente
Que um simples adeus
Sangrando a ausência do destino sem ti.
Minhas perdas me olham de soslaio:
Mãos dadas
Beijos repentinos
Olhares travessos
Corpos escondidos
Emoções desvairadas
Sonhos trocados
E partem carregadas por guerreiros incas
Na companhia de estandartes coloridos.
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