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segunda-feira, 8 de novembro de 2010



A vida é muito complicada.
As pessoas nunca estão satisfeitas com nada, o problema sempre é do outro ou do marketing que nos chega exacerbadamente através dos meios de comunicação.
E ai, a corrida do ouro-compras, roupas, acessórios, teve da china, carro do Afeganistão, marido da Bósnia e Herzegovina (mas desde que seja dos Balcãs).
E ai começa uma crise existencialista que nem Allport, Rogers, From e Maslow daria conta. Com tanta crise em uma só pessoa.
Eu por exemplo, ja fui de tudo um pouco, seguia a moda terminanteme como uma cartilha. Entrava ano e saia ano, estações e lá estava eu com alguma revista de moda embaixo do braço, corte de tecido e costureiras, me transfomando em um cabide ditatorial da moda e dos comportamentos. Mudava cabelo como mudava de roupa, ja fui platinado blond, ruivo, vermelho, roxo, preto, verde, raspado, grande, curto, enrolado, enfim de varias formas e modelos(isso quando ainda tinha cabelo pra contar histórias) depois veio a fase da revolta, e ai marchamos para as tatuagens, que hoje amo cada uma, e ainda preparando para fazer mais algumas. O Piercing no nariz, este causou repulsa na população e a ira da minha mãe. Mas adorava, e achava o maximo fazendo a linha descolado.
Mas como isso vira rotina e todo mundo usa, perdi minha paciencia e tirei o piercing.
Comecei a fazer a linha fashion, usava de boca de sino a pantalona nesga, camisas costumisadas(hj so tenho uma ) boinas, chapeu, bones, e tudo mais que podia existir na face da terra. Tudo para imitar um persoangem da Vogue.
Ne verdade era uma vitrine ambulante das minhas proprias angustias, como todos somos, nunca fui mais nem menos, apenas intenso demais.
Depois veio a época dos relacionamentos, enquanto alguns queriam as pessoas mais lindas e descoladas, eu sempre preferi os diferentes e interessantes. Gostava mais dos inteligentes filosóficos de boteco(ainda gosto)do que os contadores de piadas(que me causa sempre repulsa).
Já fui escravo da comida, já passei semanas apenas com água e bolacha só pra ficar sempre magro. Como já me destruí comendo horrores de açucares e carboidratos, tudo para me manter na verdade insatisfeito comigo mesmo. Mas na verdade somos promíscuos demais, somos vários personagens dentro de um único corpo.
Hoje gosto de me vestir e me portar bem simples, geralmente um jeans um tênis e uma camiseta. Mas ainda levanto com vontade de ser fatal, usar botas, lenços e afins.
Então nunca saberia me definir se nem eu me conhecemos. Não daria direito de ninguém tentar me decifrar quando estava incorporando um personagem.
Já fui varias pessoas, elegante, esportista, youp, feminista, machista, comunista, socialista, republicano e monarquista. E hoje defendo a “Monarquia Imperialista Absolutista” já fui a favor do casamento, já fui contra e hoje fico na contra proposta do que pintar.
Já dizia o velho ditado, quem faz tudo e é de tudo não é nada. Mas estou feliz assim sou um faz tudo assumido e um de tudo assumidamente.
Acredito que passar pela vida sendo a mesma coisa deve ser muito chato, por isso me transformo me invento e me faço a cada dia que levanto!

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